Confessionário

Da 9ª Goiânia Mostra Curtas


Confessionário busca na simplicidade uma imersão aos relatos vividos pelo missionário católico Silvano Sabatini durante sua estada na Área Indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima. O documentário de 15 minutos parece despretensioso, mas revela-se bem planejado através dos elementos visuais. O curta é quase todo gravado em plano sequência em um cenário rodeado por livros. A câmera parece não existir à frente do missionário tamanha a desenvoltura dos relatos, o que remete uma lembrança ao sacramento católico da confissão. O curta se encerra com uma intervenção do diretor que pede uma pausa para trocar a fita, podendo haver uma segunda intenção neste modo de proceder, já que o diálogo é mostrado.


*Publicado no blog da oficina de Introdução à Crítica de Cinema no site da Goiânia Mostra Curtas.

Nascida Para o Céu

Da 9ª Goiânia Mostra Curtas


Um casal à espera de um filho em um momento inapropriado. É neste dilema que envolve problemas econômico-sociais que surge a história de Nascida Para o Céu. O curta-metragem de Rogélia Pinheiro é forte e relata o drama de uma família brasileira. Os diálogos do personagem João das Dores são bem conduzidos e reproduz o sentimento de um pai que busca novas perspectivas. O momento do parto é bem retratado, com destaque para atriz que protagoniza a cena. A religiosidade é outro tema revelado nos últimos momentos e conduzido de forma bem humana. Dentre os recursos visuais, a fotografia e a ambientação revelam um típico filme nacional. Em 8 minutos, o curta aborda uma história que poderia ser real, onde a esperança é transformada em tristeza.

Veja o teaser do curta-metragem Nascida Para o Céu.


* Publicado no blog da oficina de Introdução à Crítica de Cinema no site da Goiânia Mostra Curtas.

Roleta Russa

Da 9ª Goiânia Mostra Curtas

O título Roleta Russa já causa impacto e consequentemente gera muitas expectativas, até porque o jogo de sorte ou azar não é novidade no cinema. O curta-metragem é um suspense adolescente com foco em um grupo de góticos – cultura contemporânea com base em uma estética sombria, que tem como influência o rock e o visual composto por roupas predominantemente de cor preta. Dentre outras brincadeiras, eventualmente arriscam a vida em um jogo perigoso, onde os participantes colocam uma bala em uma das câmaras de um revólver, apontam a arma para suas cabeças e atiram. Com direção de Marco Antônio Ferreira, os efeitos sonoros foram bem trabalhados e nos momentos culminantes possuem enorme importância, cumprindo a função de gerar um clima de suspense.

Obviamente o curta-metragem foi feito com recursos limitados, e isso deve ser considerado. Entretanto, ficaram algumas dúvidas em relação à trajetória dos personagens, pois se tratando de jovens de classe média alta é de se estranhar o fácil acesso ao local onde ocorre a primeira morte, ainda mais que o caso ganha destaque na televisão. Mas isso não chega a atrapalhar o desempenho da obra, que ainda conta com bons artifícios. A iluminação, por exemplo, foi fundamental para criar um clima tenso. O desfecho é bem interessante. Com uma construção criativa e planos elaborados, neste jogo cinematográfico houve mais sorte do que azar.

Veja o trailer do curta-metragem Roleta Russa.


* Publicado no blog da Oficina de Introdução à Crítica de Cinema no site da Goiânia Mostra Curtas.

A descoberta

Estou vivendo um momento muito bacana, no qual descubro uma nova forma de enxergar uma arte muito conhecida, mas que apesar de ser tão famosa, muitas vezes não é valorizada como deveria. Falo do cinema, mas não deste cinema exteriorizado que serve puro e simplesmente para o entretenimento. Descobrir o cinema é muito mais que isso, é buscar na imagem, na fala, na arte, a história e a cultura do mundo. Muito mais que diversão, vivenciar as obras cinematográficas é visitar lugares distantes, é adentrar o mundo de pessoas desconhecidas, mas que possuem algo em comum. Imaginar como uma cena, uma sequência ou um plano foi idealizado e executado requer conhecimento, é preciso muito mais que senso comum, é necessário estudar, buscar um algo a mais e descobrir lá no fundo o que uma obra quer transmitir. Aos poucos tentarei me aprimorar, pois quero buscar o verdadeiro significado desta extraordinária forma de comunicação que pode ser chamada de arte!

Chegou a hora do Brasil; dos brasileiros!

Depois de algumas tentativas frustradas, o Brasil finalmente conquistou o direito de sediar os jogos olímpicos de verão. Mas muito trabalho deve ser feito até que se chegue em 2016. Porém, o que não se pode entender é por que esperar que tal evento ocorra, para que investimentos sejam feitos. Alguém já viu um pouco do que foi prometido? Então, muitas dessas promessas nem deveriam ser feitas, já deveriam estar cumpridas. Segurança e transporte públicos sempre foram caóticos no país, e no Rio então, a coisa é feia. As novas linhas de ônibus e os gastos que serão feitos no combate à violência são simplesmente direitos que os cidadãos têm. Portanto, não precisava acontecer algo tão extraordinário, deveria ser o básico! Mas já que não acontece, é válido ser sede, o que não vale é ter segurança digna e transporte público decente apenas durante os jogos, pois os cariocas e todos os brasileiros merecem muito mais que isso!

Veja o vídeo institucional do Comitê Rio 2016.

Coldplay confirma dois shows no Brasil

A banda britânica Coldplay confirmou sua vinda ao Brasil no primeiro semestre de 2010. O grupo apresentará a turnê do álbum "Viva la Vida or Death and All His Friends", lançado em 2008. Os shows serão realizados no Rio de Janeiro, no dia 28 de fevereiro, e em São Paulo, no dia 02 de março. Os fãs do Brasil poderão acompanhar ao vivo sucessos como Violet Hill, Viva La Vida e Lost! Os ingressos serão vendidos a partir do dia 07 de novembro.

Parece que definitivamente o Brasil conquistou a atenção de grandes bandas. Entretanto, esses eventos ainda são restritos ao eixo Rio-São Paulo. Mas um dia a gente chega lá!

Veja o vídeo do Colplay cantando a música Viva la Vida.

Maria Gadú

Maria Gadú surge no momento em que novas cantoras formam uma nova geração da Música Popular Brasileira, mas dificilmente ela será comparada a outra. A paulistana possui uma voz firme e marcante, e ainda compõe. "Shimbalaiê", seu primeiro sucesso, foi composto por ela ainda aos 10 anos de idade.

A cantora já foi elogiada por nomes importantes da música brasileira, como Caetano Veloso e Milton Nascimento. Em seu primeiro CD, Maria Gadú traz canções tipicamente nacionais, como a já comentada Shimbalaiê. Ela ainda inova ao fazer uma versão "voz e violão" do hit "Baba Baby" de Kelly Key, algo ao estilo Yael Naim e "Toxic" de Britney Spears e "My Humps" do Black Eyed Peas em versão de Alanis Morissette. O álbum de estréia ainda traz uma versão de "Ne Me Quitte Pas", sucesso da minissérie "Maysa - Quando Fala o Coração" e também de "A História de Lilly Braun" de Chico Buarque e Edu Lobo.

Muitos a conheceram durante sua interpretação para as músicas dos Paralamas do Sucesso no programa Som Brasil da TV Globo. De lá para cá, ela já foi ao Altas Horas e frequentemente aparece nas propagandas de seu primeiro CD durante os intervalos comerciais da TV Globo. O álbum "Maria Gadú" saiu pela Som Livre, braço fonográfico da emissora. A novidade agora é que sua música de estréia compõe a trilha Sonora da nova novela das nove da rede Globo, "Viver a Vida" de Manuel Carlos.

Veja o vídeo de Maria Gadú cantando "Lanterna dos Afogados" no Som Brasil: Os Paralamas do Sucesso.

Até a próxima!