sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Entrevista com coordenadoras dos cursos de comunicação da Faculdade Araguaia



- Um pouco do meu trabalho na Agência Experimental de Comunicação Integrada da Faculdade Araguaia. Na ocasião, entrevistei a coordenadora do curso de Jornalismo, professora Maristela Rocha; e a coordenadora de Publicidade e Propaganda, professora Cláudia Temponi, sobre a VII Semana da Comunicação, que teve como tema a Produção Cinematográfica Brasileira, com foco em Goiás.

Entrevista com a coordenadora de pós-graduação da Faculdade Araguaia



- Entrevista com a coordenadora de pós-graduação da Faculdade Araguaia, Mônica Pereira, sobre o III Seminário Interdisciplinar dos cursos de graduação e pós-graduação da Instituição.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Cronômetro

Contagem regressiva para o fim de uma das etapas mais importantes da minha vida. Aos poucos a faculdade vai ficando apenas na lembrança. O último trabalho já foi entregue, o último seminário e a última prova já foram realizados. Entretanto, o que mais me deixa encabulado é o velho temor em não ser mais o futuro do país e me tornar um problema social. Apesar da corrente de otimismo que me cerca, tenho lá minhas dúvidas em relação ao futuro – incerto – que o jornalismo me proporcionará. Tento respirar fundo e me guiar pelo mantra que diz: “tudo vai dar certo!” Embora meu inconsciente teime em não acreditar nessa premissa.

Até o momento, muito do que eu planejava acabou se concretizando durante a minha passagem pelo curso de jornalismo. Primeiro veio o estágio na televisão, depois na rádio e por último na Agência Experimental de Comunicação Integrada da Instituição pela qual estou me formando. Por esse início de trajetória relativamente bem-sucedido, acabo refletindo, para muitos, uma imagem – talvez esperança - de sucesso profissional. Não falo isso por me achar, mas muitos não tiveram a oportunidade de deixar seus empregos de lado para se aventurar num estágio – mal remunerado - de jornalismo.

Mas, só de pensar na possibilidade de ter que deixar minha vida atual, com dois estágios, faculdade, curso de inglês, monografia, para voltar à calmaria de antes, já me deixo tomar pela tensão. O momento é, definitivamente, de incertezas. Porém, acredito que esse tempo de transição é também a oportunidade ideal para pensar nos rumos que pretendo seguir e planejar o que quero alcançar. Sobretudo, esse é o tempo de suprir as lacunas que me restaram como aspirante a jornalista. Como não me resta mais nada a não ser pegar o currículo e espalhar por aí – já que o primeiro emprego, de fato, não cairá dos céus -, vou me concentrar nesse processo de transformação e amadurecimento.

Evento reúne instituições em favor do diploma de jornalismo



Texto e Edição: Vinícius Araújo
Colaboração: Rachel de Araújo
Foto: Cristine Cidade
Supervisão: Viviane Maia

Há um ano e meio o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu pela não obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão de jornalista. Para o STF, a exigência era incompatível com a Constituição de 1988, que estabelece a liberdade de expressão. Atualmente, tramita no Senado uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que objetiva restituir a exigência do diploma para o exercício profissional do jornalista.

Segundo a coordenadora do curso de jornalismo da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), professora Sabrina Moreira Oliveira, a decisão do STF foi o resultado de uma incompreensão do papel do jornalista. “O jornalismo foi julgado por uma coisa que ele não é”, afirmou. Para ela, o Supremo entendeu que o jornalismo não causa danos à sociedade, diferentemente de outras profissões regulamentadas, como a medicina, por exemplo.

Sobre esses aspectos, os alunos do curso de jornalismo da Faculdade Araguaia, juntamente com os de outras instituições, participaram do 1º Ciclo de Debates Edson Luiz Spenthof, coordenado pelo Centro Acadêmico de Jornalismo da PUC-GO, no dia 23 de novembro.

Na ocasião foram discutidas questões referentes ao período posterior à decisão do STF. Outros temas também entraram no centro de discussões, como a criação de um conselho regional para a categoria e as novas diretrizes curriculares do curso de jornalismo.

Entre os convidados estavam o presidente do Fórum Nacional de Professores de Jornalismo e homenageado do evento, Esdon Luiz Spenthof, além do presidente do Sindicato dos Jornalistas de Goiás, Cláudio Curado Neto, o professor da Faculdade Araguaia e repórter da TV Anhanguera-Globo, Márcio Venício Nunes, e o diretor geral da Faculdade Araguaia, professor Arnaldo Cardoso Freire.

Para a coordenadora do curso de jornalismo da Faculdade Araguaia, professora Maristela Rocha, a iniciativa é extremamente importante e requer o envolvimento discente de todas as instituições de ensino superior, principalmente daquelas que abrigam o curso de jornalismo. A professora pondera, no entanto, que faltou maior adesão à causa, especialmente dos profissionais da mídia. “Fiquei decepcionada, esperava que o envolvimento fosse maior”, dispara.

Antes das conferências, um espetáculo de dança abriu solenemente as atividades da noite. Intitulada Poder, a apresentação foi protagonizada por dois integrantes do Grupo de Dança Contemporânea Noah, da PUC/GO. A coreografia foi desenvolvida em torno de uma mesa, reproduzindo momentos de uma disputa de poder entre homem e mulher.

O professor da Faculdade Araguaia, Márcio Venício Nunes, foi responsável pela palestra intitulada A Importância do Jornalismo para a Democracia e para a Constituição da Cidadania. Na oportunidade, o jornalista contou um pouco sobre o seu trabalho de repórter e documentarista e afirmou que o profissional de comunicação tem uma função social muito grande. O professor afirmou, ainda, que a questão do diploma é complexa. "O lado ruim é o desrespeito com a categoria, que afeta toda a sociedade, principalmente no ponto de vista da educação", salienta.

O diretor geral da Faculdade Araguaia, professor Arnaldo Cardoso Freire, viu grande importância na manifestação. “O debate, além de mobilizar a categoria dos estudantes para a não exigência do diploma para a profissão, conscientiza a sociedade sobre o trabalho do jornalista", afirma.

Na ocasião, os alunos também puderam tirar dúvidas com os palestrantes. O coordenador do curso de Jornalismo da Faculdade de Comunicação e Biblioteconomia da Universidade Federal de Goiás (Facomb/UFG), Juarez Ferraz, defendeu que o diploma não é apenas simbólico. Para ele, há um significado moral. “O diploma é o passaporte de uma profissão digna”, destaca.

Durante a programação, o presidente do Fórum Nacional dos Professores de Jornalismo (FNPJ), Edson Luiz Spenthof, ministrou uma palestra sobre as novas diretrizes curriculares do curso de jornalismo, que estão sendo discutidas pelo Conselho Nacional de Educação. Segundo ele, o MEC está propondo novas regras que, se forem aprovadas, devem mudar radicalmente a estrutura do curso de Jornalismo, que deixaria de ser uma habilitação do curso de Comunicação Social e se tornaria independente.

O professor se diz favorável à proposta e defende que a decisão seria retroativa a uma prática positiva do passado. Para Spenthof, essa é a oportunidade de resgatar a autonomia do jornalista, que atualmente vem perdendo o foco profissional.

Ele salienta ainda que o objetivo não é desvincular o jornalismo do campo da comunicação, mas reverter alguns princípios básicos que foram se perdendo. De acordo com o professor, essas novas diretrizes também dariam liberdade às instituições de ensino para adequarem as suas matrizes curriculares levando em consideração as especificidades locais.

Em relação à queda do diploma, o presidente do FNPJ deixa claro que a decisão do STF está vinculada a disputa de poder por conteúdo. Ele enfatiza que a maior parte das empresas de comunicação quer banir qualquer sinal de uma possível regularização profissional e, por isso, tenta confundir a sociedade misturando os conceitos de liberdade de expressão e liberdade de imprensa. “A primeira é um direito de todos, a outra é exercida pelo jornalista, mas é a sociedade que diz até onde ele pode ir”, esclarece.

O presidente do Sindicato dos Jornalistas de Goiás, Cláudio Curado Neto, lembrou também que é preciso dar início ao debate sobre a PEC que tramita no Congresso para restituir a obrigatoriedade do diploma. “O jornalismo deve ser feito por jornalistas”, enfatiza.

Quatro dias de música no Martim Cererê



Texto: Vinícius Araújo
Edição: Viviane Maia
Fotos: Equipe de cobertura - Faculdade Araguaia

Só no Centro Cultural Martim Cererê foram quatro dias de muita música, de todos os gostos e estilos. E mais uma vez a Faculdade Araguaia esteve presente nesta 16ª edição do Goiânia Noise Festival com a participação de alunos dos cursos de Jornalismo e de Publicidade e Propaganda, sob a coordenação da professora Viviane Maia.

Os estudantes, com o apoio da Agência Experimental de Comunicação Integrada da Instituição, realizaram a cobertura jornalística do evento por meio de fotos, textos e entrevistas. Pelo segundo ano consecutivo, os alunos acompanharam, de perto, o festival de música que alcança vôos maiores e já se consagra em proporções continentais.

Para quem continua pensando que festival de música independente é sinônimo de heave metal e hardcore, o Goiânia Noise está aí para demonstrar que essa máxima ficou para trás.



Por lá passaram artistas de gêneros variados, como Otto, Cólera, Nina Becker, Mechanics, Black Drawing Chalks, Gloom, Mugo, Violins, Do Amor, Dizzy Queen, Vespas Mandarinas, Música Diablo, Johnny Suxxx and The Fucking Boys, além de atrações internacionais como as argentinas El Mató A Um Policia Motorizado e Cuadros Invitados, a britânica Viv Albertine e a norte-americana The Mummies.

Nessa 16ª edição, a programação mais que chamativa atraiu os olhares de quem está à procura de música boa. Segundo Leonardo Razuk, diretor de Comunicação do Goiânia Noise e sócio da Monstro Discos, a escolha de atrações é feita com base no que houve de mais relevante no cenário musical ao longo do ano.

“Nós fazemos uma análise dos trabalhos mais marcantes do ano e convidamos as bandas para se apresentarem. Com a Dizzy Queen, por exemplo, nós recebemos o material que chamou a atenção e então resolvemos apostar. Outro cuidado que a gente tem é com a diversidade de estilos”, explica quando perguntado sobre a programação.

Para o músico João Punk, da banda Lobinho e Três Porcão, o Goiânia Noise merece todos os méritos. “O trabalho dos meninos da Monstro Discos é inegável. Eles realmente tiveram um papel muito importante, porém, o que falta para Goiânia se consolidar é lançar uma banda de peso, que ganhe, de fato, espaço no cenário nacional. E, não tem como negar que todo mundo quer fama”, pondera.

No primeiro dia, uma das atrações mais comemoradas, com certeza, foi a que encerrou a noite e contou com a junção de músicos pra lá de talentosos. Macaco Bong e companhia – nada mais nada menos do que o naipe de metais dos Móveis Coloniais de Acaju, vindos direto do Distrito Federal; Vitor Araújo, de Pernambuco; e Jack, da mineira Porcas Borboletas – levaram o público ao delírio e provocaram euforia em quem acompanhou a apresentação.

No segundo dia, quinta-feira, a UnConvention levou aos palcos do Cererê só bandas goianas. Nada mais normal que dedicar uma noite à galera que ajuda a defender o título de Goiânia como capital do rock de garagem. Nesses 16 anos de Noise, os grupos locais sempre tiveram papel importante no sucesso do festival.



O terceiro dia foi de expectativas para o pessoal que esteve presente. As atrações da noite foram aguardadíssimas. De Pernambuco, Otto veio para o Noise com o objetivo de retornar aos festivais independentes. O resultado foi um teatro mega-lotado. O público – delirando – cantou junto e mostrou mais que animação quando o artista resolveu dar uma canja no meio da platéia.

Os sempre aguardados goianos do Black Drawing Chalks também foram responsáveis pela formação de um aglomerado de fãs. A banda goiana ficou super badalada no ano passado depois de ser indicada ao Vídeo Músic Brasil e ganhar matéria especial na revista Rolling Stone Brasil.

Na mesma noite, Nina Becker aterrissou em Goiânia para uma apresentação que demonstrou toda a sua desenvoltura como intérprete da boa música popular brasileira. Que doçura de voz essa moça tem!

A quarta e última noite no Martim Cererê teve a predominância de bandas paulistas – seis no total – além das apresentações da sempre agressiva Mechanics e de uma das apostas da equipe do festival: Dizzy Queen.



No sábado houve ainda o show da banda carioca Do Amor, que é uma junção de músicos experientes - Marcelo e Ricardo são integrantes da banda Cê que acompanha Caetano Veloso há 3 anos e Gabriel Bubu foi baixista do Los Hermanos – e vem fazendo sucesso no cenário independente ao lado de outros artistas, como Nina Becker, Jonas Sá e Rubinho Jacobina.

No domingo, 21, ainda sobrou fôlego para uma tarde de performances na Ambiente Skate Shop e para o super aguardado encontro de Gilberto Gil com os goianos do Macaco Bong. O show inédito trouxe o ex-ministro da Cultura de volta aos festivais, que no passado o consagraram como tropicalista.

Estúdio Petrobras vira opção para música experimental



Para a organização, o estande é o terceiro palco do 16º do Goiânia Noise

Texto: Vinícius Araújo e Júlia Lins
Edição: Viviane Maia
Foto: equipe de cobertura - Faculdade Araguaia

Enquanto a música rola solta nos dois teatros do Centro Cultural Martim Cererê, o Estúdio Petrobras vai se destacando como uma terceira opção para aqueles que querem se divertir ouvindo ou tocando um som descompromissado e experimental.

É isso mesmo, o estande da Petrobras vem atraindo olhares curiosos para o pessoal que aceita o desafio de juntar uma galera e fazer música. A proposta do estande é proporcionar ao visitante a oportunidade de também tocar no festival.

Quem, por exemplo, não tem um grupo formado e sabe tocar algum instrumento ou manda bem nos vocais pode contar com a participação de músicos contratados especialmente para complementar as apresentações.

Todos os shows do estande serão gravados e disponibilizados em um myspace que será criado especialmente para divulgar o trabalho de quem se atreveu a mostrar seus dons musicais.

Segundo Arthur Júnior, da Gerência de Publicidade e Promoções da Petrobras, só nos dois primeiros dias do evento passaram pelo estúdio mais de 50 grupos, que para o projeto já é considerado um sucesso.

“Nós não tínhamos noção da dimensão que o estúdio tomaria. Na verdade, a gente elaborou a proposta querendo proporcionar aos visitantes a oportunidade de sair do Noise com a experiência de ter tocado no festival”, comemora.

Para o músico João Punk, da banda goiana Lobinho e Três Porcão, a experiência foi incrível. “Essa idéia foi excelente porque foi possível juntar uma energia bacana e tocar com pessoas, que pelo menos no meu caso, eu jamais imaginaria um dia”.

O pensamento é compartilhado também pela colega de banda Carolzão, como a instrumentista é conhecida. Para ela, valeu a pena fazer parte dessa iniciativa, principalmente porque ela acaba de voltar a Goiânia depois de uma temporada de 3 anos tocando em São Paulo.


Parceria


Segundo Arthur Júnior, essa é a quarta vez que a Petrobras é parceira da Mostro Discos na realização do Goiânia Noise. "Neste ano o estúdio veio para consolidar o trabalho realizado anteriormente", completa.

Além disso, o festival foi escolhido para finalizar a temporada do projeto Compacto, que reuniu várias bandas em encontros que se tornaram videocasts e estão disponíveis na home da Petrobras (www.blogspetrobras.com.br/compacto).

O diferencial, dessa vez, foi a presença do público prestigiando as apresentações. Na última quarta-feira – primeiro dia de shows no Martim Cererê – subiram ao palco diversas bandas em parcerias que marcaram a 16ª edição do festival.

Nina Becker deixou na plateia um gosto de quero mais



A cantora, que ficou conhecida na Orquestra Imperial, lançou dois novos CDs em 2010

Texto: Vinícius Araújo
Edição: Viviane Maia
Foto: Júlia Lins

Ela é carioca, doce e afinadíssima. Difícil não se encantar pelo timbre de Nina Becker. A cantora chegou ao palco do Goiânia Noise, na noite de sexta-feira, 19, de forma introspectiva. E, com o desenrolar da apresentação foi demonstrando porque se tornou uma das grandes promessas da nova geração de intérpretes da música popular brasileira.

Nina ganhou destaque como vocalista da Orquestra Imperial. Diferentemente da carreira solo, com o grupo ela participa de apresentações mais descontraídas, com características bem carnavalescas. A banda conta, ainda, com a participação de diversos músicos experientes, entre eles estão Thalma de Freitas (cantora e atriz) e Rodrigo Amarante (Los Hermanos e Little Joy).

Recentemente Nina Becker lançou seus dois novos trabalhos. Os discos Azul e Vermelho contam com 20 faixas das quais nove são assinadas por ela. E, como se não bastasse cantar e compor, Nina é também instrumentista, o que proporciona ao seu show um clima ainda mais intimista, embora desinibido. A apresentação impecável no Noise serviu para mostrar porque ela recebeu o prêmio de melhor cantora pela APCA, em 2009.

Uma pena, no entanto, foi o show praticamente relâmpago – pausa para mencionar que aqui houve um certo exagero - pois seria possível, numa boa, ouvir por horas o timbre doce e a melodia mais que elogiável de Nina Becker. Essa apresentação no Noise terminou, literalmente, com um clima de quero mais.

Abertura do Goiânia Noise é marcada por bandas reunidas



Os shows reuniram nomes conhecidos no cenário da música independente

Texto: Vinícius Araújo
Edição: Viviane Maia
Fotos: Júlia Lins e Tony Oliveira

Começou nesta quarta-feira, dia 17 de novembro, a 16ª edição do Goiânia Noise Festival. O evento já é considerado pela imprensa especializada como um dos principais de música independente da América Latina. Em nível nacional, ele se desponta também como um dos melhores.

Neste ano, o festival tem repercutido positivamente pela programação caprichada, que vai receber, entre outras atrações, o pernambucano Otto, a carioca Nina Becker e o baiano Gilberto Gil. O ex-Ministro da Cultura se apresenta ao lado dos músicos da elogiada Macaco Bong, no próximo domingo, dia 21, no Campus Samambaia da UFG.

Segundo Leonardo Razuk, um dos sócios da Mostro Discos e organizador do festival, na hora de formular a programação, é levado em consideração a mistura de estilos musicais para que a diversidade seja mais um atrativo do evento. “Se nós já temos, por exemplo, algumas bandas de hardcore, nós buscamos um equilíbrio de estilos convidando outras que fazem um som mais indie, folk”, explica.

O Goiânia Noise mais uma vez integra também a junção de eventos do Brasil Central Music. A Conferência, que está em sua terceira edição, é uma iniciativa do Comitê Gestor do Projeto Economia Criativa da Música, apoiado pelo Sebrae-GO.

Entre os eventos musicais do projeto estão ainda os festivais Release Alternativo, Pé Rachado, Goyaz Festival e Música no Campus. Além dos shows, a ação engloba outras atividades, como palestras, oficinas e debates.

“O Sebrae já trabalhava com a iniciativa cultural aqui em Goiás, só que as atividades eram mais direcionadas à produção cinematográfica, até que se percebeu que o segmento musical no Estado era mais forte e organizado. A resposta foi positiva, tanto que a proposta já começa a se disseminar por outros estados do país”, acrescenta Leonardo Razuk.

Compacto

No primeiro dia de atrações do Goiânia Noise no Martim Cererê, o show ficou por conta de uma mistura bem renomada. Dentro do Compacto Petrobras, título da noite de quarta-feira, foram realizados shows inéditos que proporcionaram uma mistura bem diversificada entre nomes já consagrados no cenário da música independente brasileira.

O primeiro show da noite, por exemplo, foi composto por duas conhecidas bandas goianas. A mistura do Gloom e de Diego de Moraes e O Sindicato trouxe a força da música goiana logo na abertura do evento.

O misto Sindigloom, como denominou Diego de Moraes durante a apresentação, é formado pelas principais representantes locais de um estilo que nacionalmente é conhecido pelo sucesso de bandas muito elogiadas, como Los Hermanos, Móveis Coloniais de Acaju e Vanguart.

Além da boa mistura de folk rock com elementos musicais bem brasileiros, o show trouxe a energia de um repertório misto de composições das duas bandas. Apesar do ritmo tímido do público presente, a apresentação deve ficar marcada na história do festival. E olha que o Noise só estava começando!

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Rock N’ Gol mistura música e esporte em um ambiente bem sugestivo

A iluminação é baixa e a trilha sonora não poderia ser melhor. De The Strokes a Planet Hemp, o que toca é Rock’n’roll. A decoração tem um toque bem sugestivo à proposta de misturar rock e esporte. Aberto em fevereiro deste ano, o Rock N’ Gol está localizado no setor Marista, uma região bem conhecida pelos freqüentadores da noite goianiense. O bar traz características sonoras que se enquadram no momento em que Goiânia se desponta no cenário musical do País. Além do ambiente descolado, o local conta com atrações bem diversificadas, como bandas e DJs que sabem agradar quem está disposto a curtir um som de qualidade.

O pub tem um conceito europeu e foi criado após uma constatação dos sócios: “A idéia de montar o bar veio depois que nós saímos em Goiânia e percebemos que não havia muitas opções na cidade”, destaca Rafael Batista, um dos três sócios. Segundo ele, o objetivo era estabelecer um bar que tivesse influências musicais bem fortes, principalmente no rock.

Além de Rafael Batista, o bar conta com outros dois sócios: Ana Rosa de Campos Vaz e Thiago Vinícius Borges. Rafael faz questão de ressaltar que eles mantêm uma preocupação com a essência do local. “A gente se preocupa bastante com o conceito proposto”, ressalta. Ele argumenta que em Goiânia ainda não é possível sobreviver de música alternativa, mas que mesmo assim existe todo um cuidado em incentivar a cena local e buscar parcerias com as produtoras culturais da cidade. Rafael pondera que os shows dependem também da equipe encarregada de preparar as atrações de cada noite. “Nós temos uma equipe de produção que cuida das nossas noites, normalmente ela propõe as idéias de shows, depois nós discutimos e entramos em um consenso”, esclarece.

Na hora de montar o bar, houve a pretensão de buscar parceiros que tivessem uma proposta bem parecida com a esperada para o local. Por isso optou-se por estabelecer uma parceria com uma famosa marca de cerveja, que tem um conceito semelhante ao deles. “Fechamos essa parceira justamente porque a marca tem um conceito diferente das demais, pois há uma pegada musical, parecida com a nossa”, destaca o sócio.


Com o sucesso do bar, já existem propostas de franquias para outras cidades do País. Até agora uma negociação está bem adiantada para que seja aberto um bar em Brasília. Ainda para o futuro, Rafael Batista confidencia que eles pretendem trazer grandes nomes da música nacional para a realização de shows fechados. “A gente tentou fechar com o Jorge Ben Jor para o período da Copa do Mundo, mas a agenda dele já estava lotada. Ainda não desistimos. Também queremos trazer o Seu Jorge para tocar aqui no Rock N’ Gol. Mas também não dá para falar de datas”, conta.

Segundo Rafael, a proposta não é ter apenas um local de balada, mas sim um ambiente diferenciado. “Queremos que as pessoas entendam o nosso conceito, que elas se sintam à vontade, e que saibam que existe essa nova opção”, ressalta.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Experiências

Assim que entrei no ensino médio já tinha a clarividência do curso que gostaria de fazer. É óbvio que primeiramente esta escolha não foi tão conclusiva, mas após algumas desistências, acabei optando por fazer aquilo que sempre quis: jornalismo.
Quando entrei na faculdade, bateu aquela insegurança. Não sabia, e acho que continuo sem saber, como é a lógica do mercado - se é que existe lógica ou mercado. No fundo, sempre soube que gostaria de trabalhar na redação de uma emissora de TV. Não esperava, definitivamente, que a oportunidade viesse ainda na faculdade. Procurei, e posso dizer que com vontade, arrumar um estágio assim que fui liberado, já que no curso de jornalismo só é possível fazer estágio após o 6º período. E foi ótimo que não comecei antes, acho que teria passado muita vergonha. Agora, entrando no sétimo, estando prestes a me formar, já passo por situações constrangedoras, imagino se tivesse começado no quarto, como eu queria; melhor nem pensar. Enfim, neste momento, sou estagiário da TV Brasil Central, afiliada goiana da TV Cultura, e apesar dos pesares, estou adorando a experiência.
Poder colocar em prática aquilo que te ensinaram na faculdade é muito bom. E, antes de entrar na TV, tive uma tentativa frustrada de trabalhar em uma agência de comunicação – na verdade, de propaganda -. Está certo que Jornalismo e Publicidade têm pontos em comuns, mas ao comparar o estágio na agência e agora na TV, tenho certeza que minha praia é o jornalismo. Mas, definitivamente, não esperava que essa oportunidade aparecesse assim, tão cedo. Mas, ainda bem que veio, e estou curtindo muito. Até porque o meu contrato é só de seis meses e vai passar rápido. Sem perceber, já se foi um mês.
Por agora, estou na produção, em breve vou passar pela reportagem – apreensivo – e na seqüência pela edição.
Na verdade, quero aprender bastante, pois é a oportunidade que tenho para isso. Volto naquela história de que ao formar, eu seria um desastre se entrasse em uma redação sem passar por um estágio. Pois ali, como estagiário, se vive na prática a teoria que se aprende no curso de jornalismo. E definitivamente, estagiar na TV tem me dado a oportunidade de conhecer muita gente importante da área. Está sendo, na verdade, a concretização do que planejei nos primeiros anos da faculdade. E tenho certeza, muitos gostariam de também ter essa oportunidade. Portanto, quem quer de verdade, merece tê-la. Mas as coisas não são tão fáceis como parecem. O conjunto de atitudes que se tem é que proporciona o que se quer conquistar. Por isso, ao ser perguntado outro dia, via twitter, o que fazer para conseguir um estágio na Agecom – Agência Goiana de Comunicação – respondi: Estude, corra atrás e não espere que nada apareça por acaso. E é verdade, para conseguir as coisas a gente tem que lutar e fazer. Se eu tivesse me esquivado de fazer o que queria, jamais teria a oportunidade que estou tendo agora.
Como será o futuro, realmente eu não sei. Mas lógico, espero que seja cheio de muitas realizações. Espero também que meus objetivos sejam conquistados. Neste momento, estou tendo uma prévia de como é bom trabalhar em algo que gosto e que escolhi como profissão para o resto da vida. Já que o futuro, a Deus pertence!

Eles estréiam no Noise


Do Goiânia Noise

Entre o público que esteve no 15º Goiânia Noise Festival havia pelo menos três estreantes. Devidamente acompanhados pelos pais, algumas crianças participaram do evento e aparentemente adoraram a experiência. Prova que não é preciso ter idade para curtir uma boa música.

O casal Lorena Dall’Ara e Eduardo Luiz Mesquita acompanha o festival desde as primeiras edições e este ano levou a filha Marina Dall’Ara Mesquita, 3 anos, pela primeira vez. E quando o assunto é o cuidado, a opinião é unânime. “O que mais preocupa é o barulho, por isso a gente trouxe protetor de ouvido para colocar na Marina”, explicou Lorena.

O casal ainda falou sobre o respeito aos limites da criança. “Quando a gente decide trazer, já vem com a consciência de que vai chegar um momento em que ela vai pedir para ir embora, e é preciso respeitar esse limite da criança”.

Sobre a segurança, Lorena ponderou que as pessoas correm riscos em qualquer lugar. Acostumada com o festival, ela sabe como é o ritmo e por isso escolheu o domingo para levar a filha. “O domingo é um dia mais tranquilo, o festival começa mais cedo”, ressaltou.

A jornalista Anna Canêdo e o design gráfico Eduardo Rodrigues também levaram o filho João Pedro, 4 anos, pela primeira vez. “Ele já foi a outros shows, mas no Goiânia Noise é a primeira vez”, ressaltou Anna. O casal explicou que o filho sempre mostrou interesse pela música e que o ambiente do festival é tranquilo. “É uma forma de apresentar diversos estilos de música, aí quando crescer, ele escolhe qual vai preferir”.

O casal Karla Rady e Katú também levou a filha Katarina Rady, 2 anos e 6 meses, ao Goiânia Noise. Acostumada a acompanhar os eventos de música, Karla, que também é jornalista, explicou sobre a preocupação. “A minha preocupação é com o barulho, por isso evitamos entrar no teatro quando o som é pesado, porque o barulho se torna intenso”, ponderou.

Karla explicou que a filha adora música e apesar da pouca idade já canta em inglês. “Ela canta Kiss, ela adora música e, como o pai é músico e tem estúdio em casa, ela já é acostumada com o universo musical”.

Em comum, as três crianças mostram que desde pequenos já gostam de ouvir música. “O João Pedro já toca bateria, ele adora”, ressaltou Anna Canêdo ao falar sobre o filho. “A Marina gosta muito, ela escuta até punk rock, mas também não deixa de ouvir músicas para crianças. Ela adora palavra cantada”, enfatizou Lorena Dall’Ara.

Sobre a presença de um grande número de crianças no festival, Karla Rady acredita que na 15ª edição do Goiânia Noise Festival o número de crianças foi superior ao de outros anos. Já Lorena Dall’Ara explicou que isso aconteceu porque o público aumentou. “Acho que isso é gradativo, se aumenta o público, consequentemente aumentam as crianças também”.


*Publicado na agência de notícias da Faculdade Araguaia - Araguaia Online.

Gloom mostra referência de bandas consagradas



Do Goiânia Noise


Com um dos melhores shows do Goiânia Noise, a banda Gloom (GO) trouxe para o palco toda a sua descontração. Com perceptivas influências das ótimas e conhecidas Los Hermanos e Móveis Coloniais de Acajú – esta última foi destaque no primeiro dia do Festival –, Niela e companhia repetiu a animação mostrada no antecedente Bananada.

Desta vez, a banda contou com a participação especial do vocalista da canadense GrimSkunk, que se apresentou na noite de sábado. “Ele vai tocar uma música nossa que aprendeu em meia hora”, explicou a vocalista Niela.

O show do Gloom foi composto por um repertório intercalado por letras gringas e em português e arranjos com toques de samba e folk. Com uma extensa estrada de shows em festivais da cena independente, os goianos ainda não têm um CD gravado, mas suas músicas estão disponíveis no myspace. Ao final do show, a banda anunciou que em breve tem música nova na página.


*Publicado na agência de notícias da Faculdade Araguaia - Araguaia Online.

Confronto traz a potência do Hardcore



Do Goiânia Noise


O rock pesado tomou conta do Palco Yguá no Centro Cultural Martim Cererê. Na segunda noite, o espaço foi aberto para o metal da Confronto (RJ). A banda veio a Goiânia e trouxe o peso do rock’n’roll gritante.

A potência do vocalista soou no Goiânia Noise e excitou os alucinados pelo hardcore. Cada vez mais sólida no cenário independente, a banda completa 10 anos de carreira e tem o que comemorar. Com algumas passagens por importantes festivais da Europa, o grupo também tocou em outros países da América do Sul, como Argentina, Chile, Equador e Colômbia, onde divulgaram o álbum Causa Mortis.

Em 2008, a banda lançou o álbum Sanctuarium, o qual destinou a turnê intitulada Sanctuarium Tour com passagens pelo Rio de Janeiro, São Paulo e mais 12 países do velho continente. No Goiânia Noise, a banda mostrou músicas com temas mórbidos, como Vale da Morte e Causa Mortal. E ainda enfatizou o respeito pelo pessoal que vem de fora com o intuito de conferir o Festival.

A potência da banda Confronto foi mostrada pelo vocalista ao convidar o público a se mexer. “Todo mundo girando”, incentivou. O show pôde transmitir a razão pela qual a banda é reconhecida pela crítica e já tocou com nomes importantes, sendo convidada a prorrogar suas turnês pela Europa.


*Publicado na agência de notícias da Faculdade Araguaia - Araguaia Online

Black Drawing Chalks é destaque na segundo noite



Do Goiânia Noise


A anfitriã Black Drawing Chalks trouxe um convidado de peso para sua apresentação no Goiânia Noise. O ex-Forgotten Boys, Chuck Hipolitho (SP), foi apresentado à capital do rock independente por uma das principais bandas do estado.

Com um público empolgado, as letras foram interpretadas não só pelo vocalista, mas também pelos que acompanharam – eufóricos – a apresentação dos goianos. Quem também participou do show foi o vocalista do MQN, Fabrício Nobre, que durante sua aparição falou sobre o orgulho em relação ao quarteto.

Os goianos trazem na bagagem três indicações ao Vídeo Music Brasil (VMB) 2009 e a participação no festival Pop Montreal no Canadá em 2008. Após ganhar destaque na edição de aniversário da Rolling Stone Brasil, a banda trouxe à terra natal suas influências musicais, nas quais aparecem o stoner metal dos anos 2000 e o hardrock setentista, bem como Black Sabbath, Soundgarden, Led Zeppelin, Velver Revolver e outras.

Com letras que fazem a essência do rock purista, mulheres e bebidas são personagens fáceis em suas letras. Em 2009, o grupo formado por Renato Cunha (guitarra e voz), Vitor Rocha (guitarra e voz), Denis de Castro (baixo) e Douglas de Castro (bateria) lançou o álbum Life is a big holiday for us e colhe os frutos do reconhecimento adquirido após percorrer os principais festivais independentes do Brasil.


*Publicado na agência de notícias da Faculdade Araguaia - Araguaia Online

MQN e Walverdes fazem parceria de peso



Do Goiânia Noise


Penúltima apresentação da primeira noite do Goiânia Noise Festival no Centro Cultural Martim Cererê, o encontro entre as experientes MQN (GO) e Walverdes (RS) mostrou o bom e velho rock’n’roll. O show transmitiu a potência que essas bandas juntas representam no cenário alternativo brasileiro.

De Goiânia, a MQN traz nos vocais um dos organizadores do evento, Fabrício Nobre. No palco, ele falou sobre o histórico do festival. “15 anos não são 15 dias”, destacou. A apresentação que repete a já conhecida dobradinha entre os goianos e os gaúchos trouxe três músicas dos Walverdes, três do MQN e dois covers. “As duas covers mais óbvias do mundo”, declarou Fabrício Nobre antes de tocá-las.

A parceria ocorre desde 2001, o que proporcionou de forma natural a idéia de tocar também nesta edição do Goiânia Noise. A junção parece dar tão certo que as bandas estiveram recentemente no programa Experimente, do canal Multishow, onde mais uma vez dividiram os holofotes.

Ainda na apresentação, o vocalista Fabrício Nobre ironizou sobre a dificuldade em tocar com os parceiros gaúchos. “Isso aqui dá tanto trabalho; fizemos dois ensaios”. O entrosamento foi comprovado pelo público que não ficou parado durante a apresentação no Palco Pyguá no Centro Cultural Martim Cererê.


*Publicado na agência de notícias da Faculdade Araguaia - Araguaia Online

Rinoceronte mostra rock setentista



Do Goiânia Noise


De Santa Maria no Rio Grande do Sul para a 15ª edição do Goiânia Noise Festival. A banda gaúcha Rinoceronte não escondeu a satisfação em se apresentar na nova capital do rock. Durante todo o show, os gaúchos interagiram com o público que ocupava o Teatro Yguá.

Experientes em festivais da cena independente, o trio é formado por Paulo Noronha, Vinicius Brum e Luiz Henrique (Alemão). Dentre as batidas do rock, a banda traz uma sonoridade que remete os anos 1970 e apresenta letras em português e uma sonoridade que percorre momentos de euforia.

Ao finalizar o show, o vocalista fez questão de mencionar o trabalho de outras bandas e enfatizar a participação no Festival. “Massa tocar aqui, vamos curtir a noite, vamos zoar”, ressaltou antes de encerrar.


*Publicado na agência de notícias da Faculdade Araguaia - Araguaia Online

Sattva apresenta rock potente



Do Goiânia Noise


Segunda banda a se apresentar no festival, a goiana Sattva veio para mostrar serviço. Formada no início de 2008, os músicos já têm no currículo um show no Noise Festival, referência no circuito alternativo brasileiro e um dos principais eventos de música do Centro-Oeste.

No palco do Teatro Pyguá, o barulho eufórico do vocalista chamou a atenção. Gritos, muitos gritos junto à explosão da bateria, a voracidade do baixo e a euforia da guitarra. O conjunto de instrumentos fez o público suar sob um rock potência.

A Sattva levou um tempo para chegar à formação atual, entretanto o show de hoje mostrou que os caras estão entrosados e que a banda sabe bem a que veio.


*Publicado na agência de notícias da Facudade Araguaia - Araguaia Online

A Invasão do Alegrete

Da 9ª Goiânia Mostra Curtas

A Invasão do Alegrete é uma simpática comédia, com uma produção bem cuidada. Ambientado em estúdio, trabalha a iluminação para reproduzir o efeito de tempo (dia ou noite). O curta-metragem utiliza alguns artifícios para parecer moderno, como por exemplo a cena em que dois personagens andam em bicicletas estáticas a frente de uma tela que exibe imagens, dando a ilusão que os personagens estão em movimento. A história aborda a intriga entre as vizinhas Uruguaiana e Alegrete, e brinca com o fato da chegada do primeiro telefone a uma delas. Sabendo do fato, dois uruguaianenses resolvem passar um trote no médico da vizinha, dizendo que ela será invadida. As autoridades resolvem se esconder e sobra para o próprio Doutor o encargo de salvar Alegrete. A história tenta ser engraçada, mas parece ter um humor regional, que deve ser válido apenas no Rio Grande do Sul, onde a história é ambientada. Contudo, o curta-metragem mostra belas imagens, em cenários que lembram uma peça teatral filmada.


*Publicado no blog da oficina de Introdução à Crítica de Cinema no site da Goiânia Mostra Curtas.