domingo, 7 de fevereiro de 2010

Experiências

Assim que entrei no ensino médio já tinha a clarividência do curso que gostaria de fazer. É óbvio que primeiramente esta escolha não foi tão conclusiva, mas após algumas desistências, acabei optando por fazer aquilo que sempre quis: jornalismo.
Quando entrei na faculdade, bateu aquela insegurança. Não sabia, e acho que continuo sem saber, como é a lógica do mercado - se é que existe lógica ou mercado. No fundo, sempre soube que gostaria de trabalhar na redação de uma emissora de TV. Não esperava, definitivamente, que a oportunidade viesse ainda na faculdade. Procurei, e posso dizer que com vontade, arrumar um estágio assim que fui liberado, já que no curso de jornalismo só é possível fazer estágio após o 6º período. E foi ótimo que não comecei antes, acho que teria passado muita vergonha. Agora, entrando no sétimo, estando prestes a me formar, já passo por situações constrangedoras, imagino se tivesse começado no quarto, como eu queria; melhor nem pensar. Enfim, neste momento, sou estagiário da TV Brasil Central, afiliada goiana da TV Cultura, e apesar dos pesares, estou adorando a experiência.
Poder colocar em prática aquilo que te ensinaram na faculdade é muito bom. E, antes de entrar na TV, tive uma tentativa frustrada de trabalhar em uma agência de comunicação – na verdade, de propaganda -. Está certo que Jornalismo e Publicidade têm pontos em comuns, mas ao comparar o estágio na agência e agora na TV, tenho certeza que minha praia é o jornalismo. Mas, definitivamente, não esperava que essa oportunidade aparecesse assim, tão cedo. Mas, ainda bem que veio, e estou curtindo muito. Até porque o meu contrato é só de seis meses e vai passar rápido. Sem perceber, já se foi um mês.
Por agora, estou na produção, em breve vou passar pela reportagem – apreensivo – e na seqüência pela edição.
Na verdade, quero aprender bastante, pois é a oportunidade que tenho para isso. Volto naquela história de que ao formar, eu seria um desastre se entrasse em uma redação sem passar por um estágio. Pois ali, como estagiário, se vive na prática a teoria que se aprende no curso de jornalismo. E definitivamente, estagiar na TV tem me dado a oportunidade de conhecer muita gente importante da área. Está sendo, na verdade, a concretização do que planejei nos primeiros anos da faculdade. E tenho certeza, muitos gostariam de também ter essa oportunidade. Portanto, quem quer de verdade, merece tê-la. Mas as coisas não são tão fáceis como parecem. O conjunto de atitudes que se tem é que proporciona o que se quer conquistar. Por isso, ao ser perguntado outro dia, via twitter, o que fazer para conseguir um estágio na Agecom – Agência Goiana de Comunicação – respondi: Estude, corra atrás e não espere que nada apareça por acaso. E é verdade, para conseguir as coisas a gente tem que lutar e fazer. Se eu tivesse me esquivado de fazer o que queria, jamais teria a oportunidade que estou tendo agora.
Como será o futuro, realmente eu não sei. Mas lógico, espero que seja cheio de muitas realizações. Espero também que meus objetivos sejam conquistados. Neste momento, estou tendo uma prévia de como é bom trabalhar em algo que gosto e que escolhi como profissão para o resto da vida. Já que o futuro, a Deus pertence!

Eles estréiam no Noise


Do Goiânia Noise

Entre o público que esteve no 15º Goiânia Noise Festival havia pelo menos três estreantes. Devidamente acompanhados pelos pais, algumas crianças participaram do evento e aparentemente adoraram a experiência. Prova que não é preciso ter idade para curtir uma boa música.

O casal Lorena Dall’Ara e Eduardo Luiz Mesquita acompanha o festival desde as primeiras edições e este ano levou a filha Marina Dall’Ara Mesquita, 3 anos, pela primeira vez. E quando o assunto é o cuidado, a opinião é unânime. “O que mais preocupa é o barulho, por isso a gente trouxe protetor de ouvido para colocar na Marina”, explicou Lorena.

O casal ainda falou sobre o respeito aos limites da criança. “Quando a gente decide trazer, já vem com a consciência de que vai chegar um momento em que ela vai pedir para ir embora, e é preciso respeitar esse limite da criança”.

Sobre a segurança, Lorena ponderou que as pessoas correm riscos em qualquer lugar. Acostumada com o festival, ela sabe como é o ritmo e por isso escolheu o domingo para levar a filha. “O domingo é um dia mais tranquilo, o festival começa mais cedo”, ressaltou.

A jornalista Anna Canêdo e o design gráfico Eduardo Rodrigues também levaram o filho João Pedro, 4 anos, pela primeira vez. “Ele já foi a outros shows, mas no Goiânia Noise é a primeira vez”, ressaltou Anna. O casal explicou que o filho sempre mostrou interesse pela música e que o ambiente do festival é tranquilo. “É uma forma de apresentar diversos estilos de música, aí quando crescer, ele escolhe qual vai preferir”.

O casal Karla Rady e Katú também levou a filha Katarina Rady, 2 anos e 6 meses, ao Goiânia Noise. Acostumada a acompanhar os eventos de música, Karla, que também é jornalista, explicou sobre a preocupação. “A minha preocupação é com o barulho, por isso evitamos entrar no teatro quando o som é pesado, porque o barulho se torna intenso”, ponderou.

Karla explicou que a filha adora música e apesar da pouca idade já canta em inglês. “Ela canta Kiss, ela adora música e, como o pai é músico e tem estúdio em casa, ela já é acostumada com o universo musical”.

Em comum, as três crianças mostram que desde pequenos já gostam de ouvir música. “O João Pedro já toca bateria, ele adora”, ressaltou Anna Canêdo ao falar sobre o filho. “A Marina gosta muito, ela escuta até punk rock, mas também não deixa de ouvir músicas para crianças. Ela adora palavra cantada”, enfatizou Lorena Dall’Ara.

Sobre a presença de um grande número de crianças no festival, Karla Rady acredita que na 15ª edição do Goiânia Noise Festival o número de crianças foi superior ao de outros anos. Já Lorena Dall’Ara explicou que isso aconteceu porque o público aumentou. “Acho que isso é gradativo, se aumenta o público, consequentemente aumentam as crianças também”.


*Publicado na agência de notícias da Faculdade Araguaia - Araguaia Online.

Gloom mostra referência de bandas consagradas



Do Goiânia Noise


Com um dos melhores shows do Goiânia Noise, a banda Gloom (GO) trouxe para o palco toda a sua descontração. Com perceptivas influências das ótimas e conhecidas Los Hermanos e Móveis Coloniais de Acajú – esta última foi destaque no primeiro dia do Festival –, Niela e companhia repetiu a animação mostrada no antecedente Bananada.

Desta vez, a banda contou com a participação especial do vocalista da canadense GrimSkunk, que se apresentou na noite de sábado. “Ele vai tocar uma música nossa que aprendeu em meia hora”, explicou a vocalista Niela.

O show do Gloom foi composto por um repertório intercalado por letras gringas e em português e arranjos com toques de samba e folk. Com uma extensa estrada de shows em festivais da cena independente, os goianos ainda não têm um CD gravado, mas suas músicas estão disponíveis no myspace. Ao final do show, a banda anunciou que em breve tem música nova na página.


*Publicado na agência de notícias da Faculdade Araguaia - Araguaia Online.

Confronto traz a potência do Hardcore



Do Goiânia Noise


O rock pesado tomou conta do Palco Yguá no Centro Cultural Martim Cererê. Na segunda noite, o espaço foi aberto para o metal da Confronto (RJ). A banda veio a Goiânia e trouxe o peso do rock’n’roll gritante.

A potência do vocalista soou no Goiânia Noise e excitou os alucinados pelo hardcore. Cada vez mais sólida no cenário independente, a banda completa 10 anos de carreira e tem o que comemorar. Com algumas passagens por importantes festivais da Europa, o grupo também tocou em outros países da América do Sul, como Argentina, Chile, Equador e Colômbia, onde divulgaram o álbum Causa Mortis.

Em 2008, a banda lançou o álbum Sanctuarium, o qual destinou a turnê intitulada Sanctuarium Tour com passagens pelo Rio de Janeiro, São Paulo e mais 12 países do velho continente. No Goiânia Noise, a banda mostrou músicas com temas mórbidos, como Vale da Morte e Causa Mortal. E ainda enfatizou o respeito pelo pessoal que vem de fora com o intuito de conferir o Festival.

A potência da banda Confronto foi mostrada pelo vocalista ao convidar o público a se mexer. “Todo mundo girando”, incentivou. O show pôde transmitir a razão pela qual a banda é reconhecida pela crítica e já tocou com nomes importantes, sendo convidada a prorrogar suas turnês pela Europa.


*Publicado na agência de notícias da Faculdade Araguaia - Araguaia Online

Black Drawing Chalks é destaque na segundo noite



Do Goiânia Noise


A anfitriã Black Drawing Chalks trouxe um convidado de peso para sua apresentação no Goiânia Noise. O ex-Forgotten Boys, Chuck Hipolitho (SP), foi apresentado à capital do rock independente por uma das principais bandas do estado.

Com um público empolgado, as letras foram interpretadas não só pelo vocalista, mas também pelos que acompanharam – eufóricos – a apresentação dos goianos. Quem também participou do show foi o vocalista do MQN, Fabrício Nobre, que durante sua aparição falou sobre o orgulho em relação ao quarteto.

Os goianos trazem na bagagem três indicações ao Vídeo Music Brasil (VMB) 2009 e a participação no festival Pop Montreal no Canadá em 2008. Após ganhar destaque na edição de aniversário da Rolling Stone Brasil, a banda trouxe à terra natal suas influências musicais, nas quais aparecem o stoner metal dos anos 2000 e o hardrock setentista, bem como Black Sabbath, Soundgarden, Led Zeppelin, Velver Revolver e outras.

Com letras que fazem a essência do rock purista, mulheres e bebidas são personagens fáceis em suas letras. Em 2009, o grupo formado por Renato Cunha (guitarra e voz), Vitor Rocha (guitarra e voz), Denis de Castro (baixo) e Douglas de Castro (bateria) lançou o álbum Life is a big holiday for us e colhe os frutos do reconhecimento adquirido após percorrer os principais festivais independentes do Brasil.


*Publicado na agência de notícias da Faculdade Araguaia - Araguaia Online

MQN e Walverdes fazem parceria de peso



Do Goiânia Noise


Penúltima apresentação da primeira noite do Goiânia Noise Festival no Centro Cultural Martim Cererê, o encontro entre as experientes MQN (GO) e Walverdes (RS) mostrou o bom e velho rock’n’roll. O show transmitiu a potência que essas bandas juntas representam no cenário alternativo brasileiro.

De Goiânia, a MQN traz nos vocais um dos organizadores do evento, Fabrício Nobre. No palco, ele falou sobre o histórico do festival. “15 anos não são 15 dias”, destacou. A apresentação que repete a já conhecida dobradinha entre os goianos e os gaúchos trouxe três músicas dos Walverdes, três do MQN e dois covers. “As duas covers mais óbvias do mundo”, declarou Fabrício Nobre antes de tocá-las.

A parceria ocorre desde 2001, o que proporcionou de forma natural a idéia de tocar também nesta edição do Goiânia Noise. A junção parece dar tão certo que as bandas estiveram recentemente no programa Experimente, do canal Multishow, onde mais uma vez dividiram os holofotes.

Ainda na apresentação, o vocalista Fabrício Nobre ironizou sobre a dificuldade em tocar com os parceiros gaúchos. “Isso aqui dá tanto trabalho; fizemos dois ensaios”. O entrosamento foi comprovado pelo público que não ficou parado durante a apresentação no Palco Pyguá no Centro Cultural Martim Cererê.


*Publicado na agência de notícias da Faculdade Araguaia - Araguaia Online

Rinoceronte mostra rock setentista



Do Goiânia Noise


De Santa Maria no Rio Grande do Sul para a 15ª edição do Goiânia Noise Festival. A banda gaúcha Rinoceronte não escondeu a satisfação em se apresentar na nova capital do rock. Durante todo o show, os gaúchos interagiram com o público que ocupava o Teatro Yguá.

Experientes em festivais da cena independente, o trio é formado por Paulo Noronha, Vinicius Brum e Luiz Henrique (Alemão). Dentre as batidas do rock, a banda traz uma sonoridade que remete os anos 1970 e apresenta letras em português e uma sonoridade que percorre momentos de euforia.

Ao finalizar o show, o vocalista fez questão de mencionar o trabalho de outras bandas e enfatizar a participação no Festival. “Massa tocar aqui, vamos curtir a noite, vamos zoar”, ressaltou antes de encerrar.


*Publicado na agência de notícias da Faculdade Araguaia - Araguaia Online

Sattva apresenta rock potente



Do Goiânia Noise


Segunda banda a se apresentar no festival, a goiana Sattva veio para mostrar serviço. Formada no início de 2008, os músicos já têm no currículo um show no Noise Festival, referência no circuito alternativo brasileiro e um dos principais eventos de música do Centro-Oeste.

No palco do Teatro Pyguá, o barulho eufórico do vocalista chamou a atenção. Gritos, muitos gritos junto à explosão da bateria, a voracidade do baixo e a euforia da guitarra. O conjunto de instrumentos fez o público suar sob um rock potência.

A Sattva levou um tempo para chegar à formação atual, entretanto o show de hoje mostrou que os caras estão entrosados e que a banda sabe bem a que veio.


*Publicado na agência de notícias da Facudade Araguaia - Araguaia Online

A Invasão do Alegrete

Da 9ª Goiânia Mostra Curtas

A Invasão do Alegrete é uma simpática comédia, com uma produção bem cuidada. Ambientado em estúdio, trabalha a iluminação para reproduzir o efeito de tempo (dia ou noite). O curta-metragem utiliza alguns artifícios para parecer moderno, como por exemplo a cena em que dois personagens andam em bicicletas estáticas a frente de uma tela que exibe imagens, dando a ilusão que os personagens estão em movimento. A história aborda a intriga entre as vizinhas Uruguaiana e Alegrete, e brinca com o fato da chegada do primeiro telefone a uma delas. Sabendo do fato, dois uruguaianenses resolvem passar um trote no médico da vizinha, dizendo que ela será invadida. As autoridades resolvem se esconder e sobra para o próprio Doutor o encargo de salvar Alegrete. A história tenta ser engraçada, mas parece ter um humor regional, que deve ser válido apenas no Rio Grande do Sul, onde a história é ambientada. Contudo, o curta-metragem mostra belas imagens, em cenários que lembram uma peça teatral filmada.


*Publicado no blog da oficina de Introdução à Crítica de Cinema no site da Goiânia Mostra Curtas.