domingo, 1 de maio de 2011

Preso é assassinado na cadeia de Jataí

Reportagem exibida no Jornal Anhanguera, 2ª edição, no dia 21 de fevereiro de 2011. Segundo a polícia, o crime foi motivado por vingança. A vítima foi socorrida pelo Samu, mas não resistiu.

Balanço do Carnaval nas rodovias federais

Reportagem exibida no Jornal Anhanguera, 1ª edição. Balanço de ocorrências registradas pela Polícia Rodoviária Federal durante o feriado de carnaval nas estradas que cortam a região Sudoeste de Goiás.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Entrevista com coordenadoras dos cursos de comunicação da Faculdade Araguaia



- Um pouco do meu trabalho na Agência Experimental de Comunicação Integrada da Faculdade Araguaia. Na ocasião, entrevistei a coordenadora do curso de Jornalismo, professora Maristela Rocha; e a coordenadora de Publicidade e Propaganda, professora Cláudia Temponi, sobre a VII Semana da Comunicação, que teve como tema a Produção Cinematográfica Brasileira, com foco em Goiás.

Entrevista com a coordenadora de pós-graduação da Faculdade Araguaia



- Entrevista com a coordenadora de pós-graduação da Faculdade Araguaia, Mônica Pereira, sobre o III Seminário Interdisciplinar dos cursos de graduação e pós-graduação da Instituição.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Cronômetro

Contagem regressiva para o fim de uma das etapas mais importantes da minha vida. Aos poucos a faculdade vai ficando apenas na lembrança. O último trabalho já foi entregue, o último seminário e a última prova já foram realizados. Entretanto, o que mais me deixa encabulado é o velho temor em não ser mais o futuro do país e me tornar um problema social. Apesar da corrente de otimismo que me cerca, tenho lá minhas dúvidas em relação ao futuro – incerto – que o jornalismo me proporcionará. Tento respirar fundo e me guiar pelo mantra que diz: “tudo vai dar certo!” Embora meu inconsciente teime em não acreditar nessa premissa.

Até o momento, muito do que eu planejava acabou se concretizando durante a minha passagem pelo curso de jornalismo. Primeiro veio o estágio na televisão, depois na rádio e por último na Agência Experimental de Comunicação Integrada da Instituição pela qual estou me formando. Por esse início de trajetória relativamente bem-sucedido, acabo refletindo, para muitos, uma imagem – talvez esperança - de sucesso profissional. Não falo isso por me achar, mas muitos não tiveram a oportunidade de deixar seus empregos de lado para se aventurar num estágio – mal remunerado - de jornalismo.

Mas, só de pensar na possibilidade de ter que deixar minha vida atual, com dois estágios, faculdade, curso de inglês, monografia, para voltar à calmaria de antes, já me deixo tomar pela tensão. O momento é, definitivamente, de incertezas. Porém, acredito que esse tempo de transição é também a oportunidade ideal para pensar nos rumos que pretendo seguir e planejar o que quero alcançar. Sobretudo, esse é o tempo de suprir as lacunas que me restaram como aspirante a jornalista. Como não me resta mais nada a não ser pegar o currículo e espalhar por aí – já que o primeiro emprego, de fato, não cairá dos céus -, vou me concentrar nesse processo de transformação e amadurecimento.

Evento reúne instituições em favor do diploma de jornalismo



Texto e Edição: Vinícius Araújo
Colaboração: Rachel de Araújo
Foto: Cristine Cidade
Supervisão: Viviane Maia

Há um ano e meio o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu pela não obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão de jornalista. Para o STF, a exigência era incompatível com a Constituição de 1988, que estabelece a liberdade de expressão. Atualmente, tramita no Senado uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que objetiva restituir a exigência do diploma para o exercício profissional do jornalista.

Segundo a coordenadora do curso de jornalismo da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), professora Sabrina Moreira Oliveira, a decisão do STF foi o resultado de uma incompreensão do papel do jornalista. “O jornalismo foi julgado por uma coisa que ele não é”, afirmou. Para ela, o Supremo entendeu que o jornalismo não causa danos à sociedade, diferentemente de outras profissões regulamentadas, como a medicina, por exemplo.

Sobre esses aspectos, os alunos do curso de jornalismo da Faculdade Araguaia, juntamente com os de outras instituições, participaram do 1º Ciclo de Debates Edson Luiz Spenthof, coordenado pelo Centro Acadêmico de Jornalismo da PUC-GO, no dia 23 de novembro.

Na ocasião foram discutidas questões referentes ao período posterior à decisão do STF. Outros temas também entraram no centro de discussões, como a criação de um conselho regional para a categoria e as novas diretrizes curriculares do curso de jornalismo.

Entre os convidados estavam o presidente do Fórum Nacional de Professores de Jornalismo e homenageado do evento, Esdon Luiz Spenthof, além do presidente do Sindicato dos Jornalistas de Goiás, Cláudio Curado Neto, o professor da Faculdade Araguaia e repórter da TV Anhanguera-Globo, Márcio Venício Nunes, e o diretor geral da Faculdade Araguaia, professor Arnaldo Cardoso Freire.

Para a coordenadora do curso de jornalismo da Faculdade Araguaia, professora Maristela Rocha, a iniciativa é extremamente importante e requer o envolvimento discente de todas as instituições de ensino superior, principalmente daquelas que abrigam o curso de jornalismo. A professora pondera, no entanto, que faltou maior adesão à causa, especialmente dos profissionais da mídia. “Fiquei decepcionada, esperava que o envolvimento fosse maior”, dispara.

Antes das conferências, um espetáculo de dança abriu solenemente as atividades da noite. Intitulada Poder, a apresentação foi protagonizada por dois integrantes do Grupo de Dança Contemporânea Noah, da PUC/GO. A coreografia foi desenvolvida em torno de uma mesa, reproduzindo momentos de uma disputa de poder entre homem e mulher.

O professor da Faculdade Araguaia, Márcio Venício Nunes, foi responsável pela palestra intitulada A Importância do Jornalismo para a Democracia e para a Constituição da Cidadania. Na oportunidade, o jornalista contou um pouco sobre o seu trabalho de repórter e documentarista e afirmou que o profissional de comunicação tem uma função social muito grande. O professor afirmou, ainda, que a questão do diploma é complexa. "O lado ruim é o desrespeito com a categoria, que afeta toda a sociedade, principalmente no ponto de vista da educação", salienta.

O diretor geral da Faculdade Araguaia, professor Arnaldo Cardoso Freire, viu grande importância na manifestação. “O debate, além de mobilizar a categoria dos estudantes para a não exigência do diploma para a profissão, conscientiza a sociedade sobre o trabalho do jornalista", afirma.

Na ocasião, os alunos também puderam tirar dúvidas com os palestrantes. O coordenador do curso de Jornalismo da Faculdade de Comunicação e Biblioteconomia da Universidade Federal de Goiás (Facomb/UFG), Juarez Ferraz, defendeu que o diploma não é apenas simbólico. Para ele, há um significado moral. “O diploma é o passaporte de uma profissão digna”, destaca.

Durante a programação, o presidente do Fórum Nacional dos Professores de Jornalismo (FNPJ), Edson Luiz Spenthof, ministrou uma palestra sobre as novas diretrizes curriculares do curso de jornalismo, que estão sendo discutidas pelo Conselho Nacional de Educação. Segundo ele, o MEC está propondo novas regras que, se forem aprovadas, devem mudar radicalmente a estrutura do curso de Jornalismo, que deixaria de ser uma habilitação do curso de Comunicação Social e se tornaria independente.

O professor se diz favorável à proposta e defende que a decisão seria retroativa a uma prática positiva do passado. Para Spenthof, essa é a oportunidade de resgatar a autonomia do jornalista, que atualmente vem perdendo o foco profissional.

Ele salienta ainda que o objetivo não é desvincular o jornalismo do campo da comunicação, mas reverter alguns princípios básicos que foram se perdendo. De acordo com o professor, essas novas diretrizes também dariam liberdade às instituições de ensino para adequarem as suas matrizes curriculares levando em consideração as especificidades locais.

Em relação à queda do diploma, o presidente do FNPJ deixa claro que a decisão do STF está vinculada a disputa de poder por conteúdo. Ele enfatiza que a maior parte das empresas de comunicação quer banir qualquer sinal de uma possível regularização profissional e, por isso, tenta confundir a sociedade misturando os conceitos de liberdade de expressão e liberdade de imprensa. “A primeira é um direito de todos, a outra é exercida pelo jornalista, mas é a sociedade que diz até onde ele pode ir”, esclarece.

O presidente do Sindicato dos Jornalistas de Goiás, Cláudio Curado Neto, lembrou também que é preciso dar início ao debate sobre a PEC que tramita no Congresso para restituir a obrigatoriedade do diploma. “O jornalismo deve ser feito por jornalistas”, enfatiza.

Quatro dias de música no Martim Cererê



Texto: Vinícius Araújo
Edição: Viviane Maia
Fotos: Equipe de cobertura - Faculdade Araguaia

Só no Centro Cultural Martim Cererê foram quatro dias de muita música, de todos os gostos e estilos. E mais uma vez a Faculdade Araguaia esteve presente nesta 16ª edição do Goiânia Noise Festival com a participação de alunos dos cursos de Jornalismo e de Publicidade e Propaganda, sob a coordenação da professora Viviane Maia.

Os estudantes, com o apoio da Agência Experimental de Comunicação Integrada da Instituição, realizaram a cobertura jornalística do evento por meio de fotos, textos e entrevistas. Pelo segundo ano consecutivo, os alunos acompanharam, de perto, o festival de música que alcança vôos maiores e já se consagra em proporções continentais.

Para quem continua pensando que festival de música independente é sinônimo de heave metal e hardcore, o Goiânia Noise está aí para demonstrar que essa máxima ficou para trás.



Por lá passaram artistas de gêneros variados, como Otto, Cólera, Nina Becker, Mechanics, Black Drawing Chalks, Gloom, Mugo, Violins, Do Amor, Dizzy Queen, Vespas Mandarinas, Música Diablo, Johnny Suxxx and The Fucking Boys, além de atrações internacionais como as argentinas El Mató A Um Policia Motorizado e Cuadros Invitados, a britânica Viv Albertine e a norte-americana The Mummies.

Nessa 16ª edição, a programação mais que chamativa atraiu os olhares de quem está à procura de música boa. Segundo Leonardo Razuk, diretor de Comunicação do Goiânia Noise e sócio da Monstro Discos, a escolha de atrações é feita com base no que houve de mais relevante no cenário musical ao longo do ano.

“Nós fazemos uma análise dos trabalhos mais marcantes do ano e convidamos as bandas para se apresentarem. Com a Dizzy Queen, por exemplo, nós recebemos o material que chamou a atenção e então resolvemos apostar. Outro cuidado que a gente tem é com a diversidade de estilos”, explica quando perguntado sobre a programação.

Para o músico João Punk, da banda Lobinho e Três Porcão, o Goiânia Noise merece todos os méritos. “O trabalho dos meninos da Monstro Discos é inegável. Eles realmente tiveram um papel muito importante, porém, o que falta para Goiânia se consolidar é lançar uma banda de peso, que ganhe, de fato, espaço no cenário nacional. E, não tem como negar que todo mundo quer fama”, pondera.

No primeiro dia, uma das atrações mais comemoradas, com certeza, foi a que encerrou a noite e contou com a junção de músicos pra lá de talentosos. Macaco Bong e companhia – nada mais nada menos do que o naipe de metais dos Móveis Coloniais de Acaju, vindos direto do Distrito Federal; Vitor Araújo, de Pernambuco; e Jack, da mineira Porcas Borboletas – levaram o público ao delírio e provocaram euforia em quem acompanhou a apresentação.

No segundo dia, quinta-feira, a UnConvention levou aos palcos do Cererê só bandas goianas. Nada mais normal que dedicar uma noite à galera que ajuda a defender o título de Goiânia como capital do rock de garagem. Nesses 16 anos de Noise, os grupos locais sempre tiveram papel importante no sucesso do festival.



O terceiro dia foi de expectativas para o pessoal que esteve presente. As atrações da noite foram aguardadíssimas. De Pernambuco, Otto veio para o Noise com o objetivo de retornar aos festivais independentes. O resultado foi um teatro mega-lotado. O público – delirando – cantou junto e mostrou mais que animação quando o artista resolveu dar uma canja no meio da platéia.

Os sempre aguardados goianos do Black Drawing Chalks também foram responsáveis pela formação de um aglomerado de fãs. A banda goiana ficou super badalada no ano passado depois de ser indicada ao Vídeo Músic Brasil e ganhar matéria especial na revista Rolling Stone Brasil.

Na mesma noite, Nina Becker aterrissou em Goiânia para uma apresentação que demonstrou toda a sua desenvoltura como intérprete da boa música popular brasileira. Que doçura de voz essa moça tem!

A quarta e última noite no Martim Cererê teve a predominância de bandas paulistas – seis no total – além das apresentações da sempre agressiva Mechanics e de uma das apostas da equipe do festival: Dizzy Queen.



No sábado houve ainda o show da banda carioca Do Amor, que é uma junção de músicos experientes - Marcelo e Ricardo são integrantes da banda Cê que acompanha Caetano Veloso há 3 anos e Gabriel Bubu foi baixista do Los Hermanos – e vem fazendo sucesso no cenário independente ao lado de outros artistas, como Nina Becker, Jonas Sá e Rubinho Jacobina.

No domingo, 21, ainda sobrou fôlego para uma tarde de performances na Ambiente Skate Shop e para o super aguardado encontro de Gilberto Gil com os goianos do Macaco Bong. O show inédito trouxe o ex-ministro da Cultura de volta aos festivais, que no passado o consagraram como tropicalista.