O título Roleta Russa já causa impacto e consequentemente gera muitas expectativas, até porque o jogo de sorte ou azar não é novidade no cinema. O curta-metragem é um suspense adolescente com foco em um grupo de góticos – cultura contemporânea com base em uma estética sombria, que tem como influência o rock e o visual composto por roupas predominantemente de cor preta. Dentre outras brincadeiras, eventualmente arriscam a vida em um jogo perigoso, onde os participantes colocam uma bala em uma das câmaras de um revólver, apontam a arma para suas cabeças e atiram. Com direção de Marco Antônio Ferreira, os efeitos sonoros foram bem trabalhados e nos momentos culminantes possuem enorme importância, cumprindo a função de gerar um clima de suspense.
Obviamente o curta-metragem foi feito com recursos limitados, e isso deve ser considerado. Entretanto, ficaram algumas dúvidas em relação à trajetória dos personagens, pois se tratando de jovens de classe média alta é de se estranhar o fácil acesso ao local onde ocorre a primeira morte, ainda mais que o caso ganha destaque na televisão. Mas isso não chega a atrapalhar o desempenho da obra, que ainda conta com bons artifícios. A iluminação, por exemplo, foi fundamental para criar um clima tenso. O desfecho é bem interessante. Com uma construção criativa e planos elaborados, neste jogo cinematográfico houve mais sorte do que azar.Veja o trailer do curta-metragem Roleta Russa.
* Publicado no blog da Oficina de Introdução à Crítica de Cinema no site da Goiânia Mostra Curtas.
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