sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Entrevista com coordenadoras dos cursos de comunicação da Faculdade Araguaia



- Um pouco do meu trabalho na Agência Experimental de Comunicação Integrada da Faculdade Araguaia. Na ocasião, entrevistei a coordenadora do curso de Jornalismo, professora Maristela Rocha; e a coordenadora de Publicidade e Propaganda, professora Cláudia Temponi, sobre a VII Semana da Comunicação, que teve como tema a Produção Cinematográfica Brasileira, com foco em Goiás.

Entrevista com a coordenadora de pós-graduação da Faculdade Araguaia



- Entrevista com a coordenadora de pós-graduação da Faculdade Araguaia, Mônica Pereira, sobre o III Seminário Interdisciplinar dos cursos de graduação e pós-graduação da Instituição.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Cronômetro

Contagem regressiva para o fim de uma das etapas mais importantes da minha vida. Aos poucos a faculdade vai ficando apenas na lembrança. O último trabalho já foi entregue, o último seminário e a última prova já foram realizados. Entretanto, o que mais me deixa encabulado é o velho temor em não ser mais o futuro do país e me tornar um problema social. Apesar da corrente de otimismo que me cerca, tenho lá minhas dúvidas em relação ao futuro – incerto – que o jornalismo me proporcionará. Tento respirar fundo e me guiar pelo mantra que diz: “tudo vai dar certo!” Embora meu inconsciente teime em não acreditar nessa premissa.

Até o momento, muito do que eu planejava acabou se concretizando durante a minha passagem pelo curso de jornalismo. Primeiro veio o estágio na televisão, depois na rádio e por último na Agência Experimental de Comunicação Integrada da Instituição pela qual estou me formando. Por esse início de trajetória relativamente bem-sucedido, acabo refletindo, para muitos, uma imagem – talvez esperança - de sucesso profissional. Não falo isso por me achar, mas muitos não tiveram a oportunidade de deixar seus empregos de lado para se aventurar num estágio – mal remunerado - de jornalismo.

Mas, só de pensar na possibilidade de ter que deixar minha vida atual, com dois estágios, faculdade, curso de inglês, monografia, para voltar à calmaria de antes, já me deixo tomar pela tensão. O momento é, definitivamente, de incertezas. Porém, acredito que esse tempo de transição é também a oportunidade ideal para pensar nos rumos que pretendo seguir e planejar o que quero alcançar. Sobretudo, esse é o tempo de suprir as lacunas que me restaram como aspirante a jornalista. Como não me resta mais nada a não ser pegar o currículo e espalhar por aí – já que o primeiro emprego, de fato, não cairá dos céus -, vou me concentrar nesse processo de transformação e amadurecimento.

Evento reúne instituições em favor do diploma de jornalismo



Texto e Edição: Vinícius Araújo
Colaboração: Rachel de Araújo
Foto: Cristine Cidade
Supervisão: Viviane Maia

Há um ano e meio o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu pela não obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão de jornalista. Para o STF, a exigência era incompatível com a Constituição de 1988, que estabelece a liberdade de expressão. Atualmente, tramita no Senado uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que objetiva restituir a exigência do diploma para o exercício profissional do jornalista.

Segundo a coordenadora do curso de jornalismo da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), professora Sabrina Moreira Oliveira, a decisão do STF foi o resultado de uma incompreensão do papel do jornalista. “O jornalismo foi julgado por uma coisa que ele não é”, afirmou. Para ela, o Supremo entendeu que o jornalismo não causa danos à sociedade, diferentemente de outras profissões regulamentadas, como a medicina, por exemplo.

Sobre esses aspectos, os alunos do curso de jornalismo da Faculdade Araguaia, juntamente com os de outras instituições, participaram do 1º Ciclo de Debates Edson Luiz Spenthof, coordenado pelo Centro Acadêmico de Jornalismo da PUC-GO, no dia 23 de novembro.

Na ocasião foram discutidas questões referentes ao período posterior à decisão do STF. Outros temas também entraram no centro de discussões, como a criação de um conselho regional para a categoria e as novas diretrizes curriculares do curso de jornalismo.

Entre os convidados estavam o presidente do Fórum Nacional de Professores de Jornalismo e homenageado do evento, Esdon Luiz Spenthof, além do presidente do Sindicato dos Jornalistas de Goiás, Cláudio Curado Neto, o professor da Faculdade Araguaia e repórter da TV Anhanguera-Globo, Márcio Venício Nunes, e o diretor geral da Faculdade Araguaia, professor Arnaldo Cardoso Freire.

Para a coordenadora do curso de jornalismo da Faculdade Araguaia, professora Maristela Rocha, a iniciativa é extremamente importante e requer o envolvimento discente de todas as instituições de ensino superior, principalmente daquelas que abrigam o curso de jornalismo. A professora pondera, no entanto, que faltou maior adesão à causa, especialmente dos profissionais da mídia. “Fiquei decepcionada, esperava que o envolvimento fosse maior”, dispara.

Antes das conferências, um espetáculo de dança abriu solenemente as atividades da noite. Intitulada Poder, a apresentação foi protagonizada por dois integrantes do Grupo de Dança Contemporânea Noah, da PUC/GO. A coreografia foi desenvolvida em torno de uma mesa, reproduzindo momentos de uma disputa de poder entre homem e mulher.

O professor da Faculdade Araguaia, Márcio Venício Nunes, foi responsável pela palestra intitulada A Importância do Jornalismo para a Democracia e para a Constituição da Cidadania. Na oportunidade, o jornalista contou um pouco sobre o seu trabalho de repórter e documentarista e afirmou que o profissional de comunicação tem uma função social muito grande. O professor afirmou, ainda, que a questão do diploma é complexa. "O lado ruim é o desrespeito com a categoria, que afeta toda a sociedade, principalmente no ponto de vista da educação", salienta.

O diretor geral da Faculdade Araguaia, professor Arnaldo Cardoso Freire, viu grande importância na manifestação. “O debate, além de mobilizar a categoria dos estudantes para a não exigência do diploma para a profissão, conscientiza a sociedade sobre o trabalho do jornalista", afirma.

Na ocasião, os alunos também puderam tirar dúvidas com os palestrantes. O coordenador do curso de Jornalismo da Faculdade de Comunicação e Biblioteconomia da Universidade Federal de Goiás (Facomb/UFG), Juarez Ferraz, defendeu que o diploma não é apenas simbólico. Para ele, há um significado moral. “O diploma é o passaporte de uma profissão digna”, destaca.

Durante a programação, o presidente do Fórum Nacional dos Professores de Jornalismo (FNPJ), Edson Luiz Spenthof, ministrou uma palestra sobre as novas diretrizes curriculares do curso de jornalismo, que estão sendo discutidas pelo Conselho Nacional de Educação. Segundo ele, o MEC está propondo novas regras que, se forem aprovadas, devem mudar radicalmente a estrutura do curso de Jornalismo, que deixaria de ser uma habilitação do curso de Comunicação Social e se tornaria independente.

O professor se diz favorável à proposta e defende que a decisão seria retroativa a uma prática positiva do passado. Para Spenthof, essa é a oportunidade de resgatar a autonomia do jornalista, que atualmente vem perdendo o foco profissional.

Ele salienta ainda que o objetivo não é desvincular o jornalismo do campo da comunicação, mas reverter alguns princípios básicos que foram se perdendo. De acordo com o professor, essas novas diretrizes também dariam liberdade às instituições de ensino para adequarem as suas matrizes curriculares levando em consideração as especificidades locais.

Em relação à queda do diploma, o presidente do FNPJ deixa claro que a decisão do STF está vinculada a disputa de poder por conteúdo. Ele enfatiza que a maior parte das empresas de comunicação quer banir qualquer sinal de uma possível regularização profissional e, por isso, tenta confundir a sociedade misturando os conceitos de liberdade de expressão e liberdade de imprensa. “A primeira é um direito de todos, a outra é exercida pelo jornalista, mas é a sociedade que diz até onde ele pode ir”, esclarece.

O presidente do Sindicato dos Jornalistas de Goiás, Cláudio Curado Neto, lembrou também que é preciso dar início ao debate sobre a PEC que tramita no Congresso para restituir a obrigatoriedade do diploma. “O jornalismo deve ser feito por jornalistas”, enfatiza.

Quatro dias de música no Martim Cererê



Texto: Vinícius Araújo
Edição: Viviane Maia
Fotos: Equipe de cobertura - Faculdade Araguaia

Só no Centro Cultural Martim Cererê foram quatro dias de muita música, de todos os gostos e estilos. E mais uma vez a Faculdade Araguaia esteve presente nesta 16ª edição do Goiânia Noise Festival com a participação de alunos dos cursos de Jornalismo e de Publicidade e Propaganda, sob a coordenação da professora Viviane Maia.

Os estudantes, com o apoio da Agência Experimental de Comunicação Integrada da Instituição, realizaram a cobertura jornalística do evento por meio de fotos, textos e entrevistas. Pelo segundo ano consecutivo, os alunos acompanharam, de perto, o festival de música que alcança vôos maiores e já se consagra em proporções continentais.

Para quem continua pensando que festival de música independente é sinônimo de heave metal e hardcore, o Goiânia Noise está aí para demonstrar que essa máxima ficou para trás.



Por lá passaram artistas de gêneros variados, como Otto, Cólera, Nina Becker, Mechanics, Black Drawing Chalks, Gloom, Mugo, Violins, Do Amor, Dizzy Queen, Vespas Mandarinas, Música Diablo, Johnny Suxxx and The Fucking Boys, além de atrações internacionais como as argentinas El Mató A Um Policia Motorizado e Cuadros Invitados, a britânica Viv Albertine e a norte-americana The Mummies.

Nessa 16ª edição, a programação mais que chamativa atraiu os olhares de quem está à procura de música boa. Segundo Leonardo Razuk, diretor de Comunicação do Goiânia Noise e sócio da Monstro Discos, a escolha de atrações é feita com base no que houve de mais relevante no cenário musical ao longo do ano.

“Nós fazemos uma análise dos trabalhos mais marcantes do ano e convidamos as bandas para se apresentarem. Com a Dizzy Queen, por exemplo, nós recebemos o material que chamou a atenção e então resolvemos apostar. Outro cuidado que a gente tem é com a diversidade de estilos”, explica quando perguntado sobre a programação.

Para o músico João Punk, da banda Lobinho e Três Porcão, o Goiânia Noise merece todos os méritos. “O trabalho dos meninos da Monstro Discos é inegável. Eles realmente tiveram um papel muito importante, porém, o que falta para Goiânia se consolidar é lançar uma banda de peso, que ganhe, de fato, espaço no cenário nacional. E, não tem como negar que todo mundo quer fama”, pondera.

No primeiro dia, uma das atrações mais comemoradas, com certeza, foi a que encerrou a noite e contou com a junção de músicos pra lá de talentosos. Macaco Bong e companhia – nada mais nada menos do que o naipe de metais dos Móveis Coloniais de Acaju, vindos direto do Distrito Federal; Vitor Araújo, de Pernambuco; e Jack, da mineira Porcas Borboletas – levaram o público ao delírio e provocaram euforia em quem acompanhou a apresentação.

No segundo dia, quinta-feira, a UnConvention levou aos palcos do Cererê só bandas goianas. Nada mais normal que dedicar uma noite à galera que ajuda a defender o título de Goiânia como capital do rock de garagem. Nesses 16 anos de Noise, os grupos locais sempre tiveram papel importante no sucesso do festival.



O terceiro dia foi de expectativas para o pessoal que esteve presente. As atrações da noite foram aguardadíssimas. De Pernambuco, Otto veio para o Noise com o objetivo de retornar aos festivais independentes. O resultado foi um teatro mega-lotado. O público – delirando – cantou junto e mostrou mais que animação quando o artista resolveu dar uma canja no meio da platéia.

Os sempre aguardados goianos do Black Drawing Chalks também foram responsáveis pela formação de um aglomerado de fãs. A banda goiana ficou super badalada no ano passado depois de ser indicada ao Vídeo Músic Brasil e ganhar matéria especial na revista Rolling Stone Brasil.

Na mesma noite, Nina Becker aterrissou em Goiânia para uma apresentação que demonstrou toda a sua desenvoltura como intérprete da boa música popular brasileira. Que doçura de voz essa moça tem!

A quarta e última noite no Martim Cererê teve a predominância de bandas paulistas – seis no total – além das apresentações da sempre agressiva Mechanics e de uma das apostas da equipe do festival: Dizzy Queen.



No sábado houve ainda o show da banda carioca Do Amor, que é uma junção de músicos experientes - Marcelo e Ricardo são integrantes da banda Cê que acompanha Caetano Veloso há 3 anos e Gabriel Bubu foi baixista do Los Hermanos – e vem fazendo sucesso no cenário independente ao lado de outros artistas, como Nina Becker, Jonas Sá e Rubinho Jacobina.

No domingo, 21, ainda sobrou fôlego para uma tarde de performances na Ambiente Skate Shop e para o super aguardado encontro de Gilberto Gil com os goianos do Macaco Bong. O show inédito trouxe o ex-ministro da Cultura de volta aos festivais, que no passado o consagraram como tropicalista.

Estúdio Petrobras vira opção para música experimental



Para a organização, o estande é o terceiro palco do 16º do Goiânia Noise

Texto: Vinícius Araújo e Júlia Lins
Edição: Viviane Maia
Foto: equipe de cobertura - Faculdade Araguaia

Enquanto a música rola solta nos dois teatros do Centro Cultural Martim Cererê, o Estúdio Petrobras vai se destacando como uma terceira opção para aqueles que querem se divertir ouvindo ou tocando um som descompromissado e experimental.

É isso mesmo, o estande da Petrobras vem atraindo olhares curiosos para o pessoal que aceita o desafio de juntar uma galera e fazer música. A proposta do estande é proporcionar ao visitante a oportunidade de também tocar no festival.

Quem, por exemplo, não tem um grupo formado e sabe tocar algum instrumento ou manda bem nos vocais pode contar com a participação de músicos contratados especialmente para complementar as apresentações.

Todos os shows do estande serão gravados e disponibilizados em um myspace que será criado especialmente para divulgar o trabalho de quem se atreveu a mostrar seus dons musicais.

Segundo Arthur Júnior, da Gerência de Publicidade e Promoções da Petrobras, só nos dois primeiros dias do evento passaram pelo estúdio mais de 50 grupos, que para o projeto já é considerado um sucesso.

“Nós não tínhamos noção da dimensão que o estúdio tomaria. Na verdade, a gente elaborou a proposta querendo proporcionar aos visitantes a oportunidade de sair do Noise com a experiência de ter tocado no festival”, comemora.

Para o músico João Punk, da banda goiana Lobinho e Três Porcão, a experiência foi incrível. “Essa idéia foi excelente porque foi possível juntar uma energia bacana e tocar com pessoas, que pelo menos no meu caso, eu jamais imaginaria um dia”.

O pensamento é compartilhado também pela colega de banda Carolzão, como a instrumentista é conhecida. Para ela, valeu a pena fazer parte dessa iniciativa, principalmente porque ela acaba de voltar a Goiânia depois de uma temporada de 3 anos tocando em São Paulo.


Parceria


Segundo Arthur Júnior, essa é a quarta vez que a Petrobras é parceira da Mostro Discos na realização do Goiânia Noise. "Neste ano o estúdio veio para consolidar o trabalho realizado anteriormente", completa.

Além disso, o festival foi escolhido para finalizar a temporada do projeto Compacto, que reuniu várias bandas em encontros que se tornaram videocasts e estão disponíveis na home da Petrobras (www.blogspetrobras.com.br/compacto).

O diferencial, dessa vez, foi a presença do público prestigiando as apresentações. Na última quarta-feira – primeiro dia de shows no Martim Cererê – subiram ao palco diversas bandas em parcerias que marcaram a 16ª edição do festival.

Nina Becker deixou na plateia um gosto de quero mais



A cantora, que ficou conhecida na Orquestra Imperial, lançou dois novos CDs em 2010

Texto: Vinícius Araújo
Edição: Viviane Maia
Foto: Júlia Lins

Ela é carioca, doce e afinadíssima. Difícil não se encantar pelo timbre de Nina Becker. A cantora chegou ao palco do Goiânia Noise, na noite de sexta-feira, 19, de forma introspectiva. E, com o desenrolar da apresentação foi demonstrando porque se tornou uma das grandes promessas da nova geração de intérpretes da música popular brasileira.

Nina ganhou destaque como vocalista da Orquestra Imperial. Diferentemente da carreira solo, com o grupo ela participa de apresentações mais descontraídas, com características bem carnavalescas. A banda conta, ainda, com a participação de diversos músicos experientes, entre eles estão Thalma de Freitas (cantora e atriz) e Rodrigo Amarante (Los Hermanos e Little Joy).

Recentemente Nina Becker lançou seus dois novos trabalhos. Os discos Azul e Vermelho contam com 20 faixas das quais nove são assinadas por ela. E, como se não bastasse cantar e compor, Nina é também instrumentista, o que proporciona ao seu show um clima ainda mais intimista, embora desinibido. A apresentação impecável no Noise serviu para mostrar porque ela recebeu o prêmio de melhor cantora pela APCA, em 2009.

Uma pena, no entanto, foi o show praticamente relâmpago – pausa para mencionar que aqui houve um certo exagero - pois seria possível, numa boa, ouvir por horas o timbre doce e a melodia mais que elogiável de Nina Becker. Essa apresentação no Noise terminou, literalmente, com um clima de quero mais.

Abertura do Goiânia Noise é marcada por bandas reunidas



Os shows reuniram nomes conhecidos no cenário da música independente

Texto: Vinícius Araújo
Edição: Viviane Maia
Fotos: Júlia Lins e Tony Oliveira

Começou nesta quarta-feira, dia 17 de novembro, a 16ª edição do Goiânia Noise Festival. O evento já é considerado pela imprensa especializada como um dos principais de música independente da América Latina. Em nível nacional, ele se desponta também como um dos melhores.

Neste ano, o festival tem repercutido positivamente pela programação caprichada, que vai receber, entre outras atrações, o pernambucano Otto, a carioca Nina Becker e o baiano Gilberto Gil. O ex-Ministro da Cultura se apresenta ao lado dos músicos da elogiada Macaco Bong, no próximo domingo, dia 21, no Campus Samambaia da UFG.

Segundo Leonardo Razuk, um dos sócios da Mostro Discos e organizador do festival, na hora de formular a programação, é levado em consideração a mistura de estilos musicais para que a diversidade seja mais um atrativo do evento. “Se nós já temos, por exemplo, algumas bandas de hardcore, nós buscamos um equilíbrio de estilos convidando outras que fazem um som mais indie, folk”, explica.

O Goiânia Noise mais uma vez integra também a junção de eventos do Brasil Central Music. A Conferência, que está em sua terceira edição, é uma iniciativa do Comitê Gestor do Projeto Economia Criativa da Música, apoiado pelo Sebrae-GO.

Entre os eventos musicais do projeto estão ainda os festivais Release Alternativo, Pé Rachado, Goyaz Festival e Música no Campus. Além dos shows, a ação engloba outras atividades, como palestras, oficinas e debates.

“O Sebrae já trabalhava com a iniciativa cultural aqui em Goiás, só que as atividades eram mais direcionadas à produção cinematográfica, até que se percebeu que o segmento musical no Estado era mais forte e organizado. A resposta foi positiva, tanto que a proposta já começa a se disseminar por outros estados do país”, acrescenta Leonardo Razuk.

Compacto

No primeiro dia de atrações do Goiânia Noise no Martim Cererê, o show ficou por conta de uma mistura bem renomada. Dentro do Compacto Petrobras, título da noite de quarta-feira, foram realizados shows inéditos que proporcionaram uma mistura bem diversificada entre nomes já consagrados no cenário da música independente brasileira.

O primeiro show da noite, por exemplo, foi composto por duas conhecidas bandas goianas. A mistura do Gloom e de Diego de Moraes e O Sindicato trouxe a força da música goiana logo na abertura do evento.

O misto Sindigloom, como denominou Diego de Moraes durante a apresentação, é formado pelas principais representantes locais de um estilo que nacionalmente é conhecido pelo sucesso de bandas muito elogiadas, como Los Hermanos, Móveis Coloniais de Acaju e Vanguart.

Além da boa mistura de folk rock com elementos musicais bem brasileiros, o show trouxe a energia de um repertório misto de composições das duas bandas. Apesar do ritmo tímido do público presente, a apresentação deve ficar marcada na história do festival. E olha que o Noise só estava começando!